O Brasil é um país com grande potencial de desenvolvimento econômico, mantendo o aceleramento de diferentes setores que movimentam o Produto Interno Bruto (PIB). No entanto, diversas áreas de atuação acabam enfrentando desafios para se expandir no território nacional, como é o caso da indústria química.
As estratégias para acelerar o desenvolvimento do setor passam por diferentes frentes, tais como a atuação do Estado, de investidores nacionais e internacionais.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), é possível pensar a inovação do setor e aumento da produtividade a partir de vetores que permeiam a agenda de desenvolvimento da indústria química. Esses vetores passam por:
- Matéria-prima
- Energia
- Logística
- Inovação e Química 4.0
- Comércio exterior
- Regulação
Afinal, o objetivo é compreender as frentes de atuação que podem ser trabalhadas para o maior desenvolvimento da indústria química no Brasil. Veja cada um dos vetores:
Matéria-prima: redução de custos para a indústria
Um dos desafios para trazer inovação e aumentar a maior capacidade de concorrer com indústrias internacionais está em driblar altos custos de matérias fundamentais para produção. A proposta é reduzir custos de insumos para, assim, permitir que a indústria se torne mais competitiva e atraente para investimentos.
Energia: custos acima da média
Segundo a Abiquim, a energia representa 20% dos custos para o setor químico brasileiro. Ou seja, um custo que está acima do preço pago por indústrias de outros países, dificultando a abertura para um aumento de competitividade.
Logística: altos custos com transporte
A crítica do setor está em problemas com custos para uma logística mais economicamente viável. Tantos problemas encontrados em rodovias, ferrovias e hidrovias dificultam que a indústria química se torne ainda mais produtiva e consiga inovar. Dessa maneira, a abertura para preços mais atrativos no setor de transportes também deve ser uma prioridade para avanços.
Inovação e Química 4.0: melhor uso da tecnologia
O aumento da produtividade está conectado com a tendência de avanços tecnológicos. Assim, o aproveitamento de inteligência artificial, internet das coisas, big data e robótica avançada trariam ganhos notáveis para a inovação da indústria.
Comércio exterior: boas relações com a indústria mundial
Para que a inovação aconteça, é necessário que o Brasil avance em firmar acordos que gerem mais competitividade para o setor. Além disso, é preciso integrar cadeias globais, tornando a exportação uma ação atraente para os empresários nacionais.
Regulação: construção de um marco regulatório
Por fim, um marco regulatório é visto como uma das ações essenciais para gerar mais inovação, acolhendo a diversidade e complexidade que o setor tem. Este marco deve promover mais eficiência à indústria, garantindo conformidade e segurança àqueles que desejam investir, tornando o setor mais atraente e competitivo.
Essas ações juntas teriam, como resultado, um setor com menos custos de produção, mais acesso à matéria-prima necessária para o desenvolvimento de produtos e uma logística mais adequada ao recebimento e envio de produções. Da mesma forma, a abertura do comércio exterior promove mais integração com o mercado global, uma tecnologia melhor empregada para atuar com inovação de processos e uma legislação favorável ao crescimento e desenvolvimento da indústria química.