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Para que serve a resina de Pinus

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As florestas plantadas fornecem inúmeros produtos além da madeira. Falando especificamente das florestas de pinus, especialmente da espécie elliotti, fornecem resina, muito utilizada nas indústrias químicas e alimentícias na fabricação de diversos produtos, tais como: desinfetantes, tintas, adesivos, ceras depilatórias, entre outros.

As árvores podem produzir resina por cerca de 15 anos e cada árvore produz em média de 3kg de resina ao ano ou mais, dependendo de vários fatores: qualidade da muda, idade, método de resinagem utilizado e o de manejo da floresta.

De acordo com dados da Associação dos Resinadores do Brasil (ARESB), a produção brasileira de resina na safra de 2017/2018 foi de 185,7 mil toneladas. O estado de São Paulo ocupa o primeiro lugar no ranking dos principais estados produtores de resina, com 110 mil toneladas, seguido pelo Rio Grande do Sul e Paraná (Figura abaixo).

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Além da produção de goma de pinheiro, é essencial compreender as operações de resinagem, um processo fundamental que ocorre durante a extração da resina das árvores de Pinus Elliottii. Durante essa operação, parte da resina escorre até os saquinhos fixados nos troncos, enquanto outra parte adere diretamente ao tronco, tornando necessária a coleta usando raspadores de goma. Essa atividade, geralmente realizada anualmente, é crucial para garantir uma produção eficiente.X6 acmgwpci3x0rleteuqzzhn vcze0tmdfygpbr1xjp1prlvx9ampb2d9y6hddvc762 s66nlkehwankja375yryq8ilooz baykr 80gwgiuomkutc

Outro aspecto importante é a coleta manual, onde a goma é removida dos saquinhos e depositada em baldes coletores. Posteriormente, a goma dos baldes é transferida para tambores ou tanques granéis, alguns rebocados por tratores dentro dos talhões. Essa etapa é parte das preparações para as safras subsequentes, geralmente realizadas no inverno. Essas preparações envolvem posicionar os saquinhos ligeiramente abaixo da última estria cortada, revisar e, se necessário, substituir os saquinhos.

Produtos Derivados e Suas Aplicações

A goma resina resultante desse processo é uma pasta esbranquiçada, espessa e viscosa, sendo um mecanismo natural de defesa da planta. A resinagem proporciona a obtenção de produtos valiosos: breu (80% da resina) e terebintina (20% da resina). Essas resinas encontram aplicação em diversos setores industriais, tanto em suas formas originais como após passarem por modificações.

O breu, com uma história de uso que remonta à antiguidade, é um produto sólido de coloração amarelada. Cerca de 80% da resina bruta resulta na produção de breu. Devido às suas propriedades, o breu é amplamente utilizado na fabricação de cola, adesivos, ceras para depilação, tintas, vernizes, borrachas sintéticas e produtos alimentícios.

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Por outro lado, a terebintina, composta por diversos terpenos, é um líquido inflamável, incolor, de odor forte e não miscível em água. Além de seu papel como solvente de tintas, a terebintina encontra aplicações em setores como farmacêutico, cosmético, fragrâncias, produção de óleo de pinho, detergentes e desinfetantes.

Em resumo, a resinagem de Pinus no Brasil é uma atividade em crescimento com grande potencial, já posicionando o país como o segundo maior produtor mundial. Além dos benefícios econômicos, como a geração de empregos, ela destaca-se pela antecipação de renda nos plantios florestais, consolidando-se como uma prática estratégica na indústria brasileira.

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